Dados recentes publicados pelo CIES Football Obervatory revelaram que os recursos com transferências de jogadores nas janelas de inverno e verão das 5 principais ligas da Europa ultrapassaram US$ 7 bilhões pela primeira vez.
Adicionando isso às outras ligas, os valores gerados com os jogadores serão os mais altos da história.
No entanto, esses números são insignificantes quando comparados ao volume de receita gerada pelo “futebol espetáculo”.
A indústria trabalha com o conceito de usar ídolos, como combustível para os negócios. Os clubes latino-americanos ainda não entraram nessa realidade e sempre têm muita dificuldade em manter seus jogadores e seus orçamentos dependem muito das transferências.
Brasileiros e argentinos lideram o ranking do número de negociações de jogadores no mundo, mas estão muito distantes no volume de recursos gerados.
O alto valor do futebol espetáculo do futebol europeu afeta os jogadores e, depois de alguns anos, eles valem muito mais do que quando deixaram seus clubes neste lado do Atlântico.
Diferente do mercado sul-americano, que depende muito das negociações de seus jogadores, clubes europeus e da MLS, desenvolvem todo o negócio na exploração do espetáculo esportivo.
Este conceito é ainda mais forte nas outras ligas americanas. Como os contratos com os atletas são muito altos exigem um ROI claro em termos esportivos e comerciais.
A receita da exploração da marca é maximizada pelos ídolos e o investimento na contratação deve conter objetivos de marketing.
Ter dezenas de patrocinadores, maximização do matchday, maiores direitos de transmissão, jogos amistosos, monetização de redes sociais, vendas de produtos, promoções e ativações são motivados pela presença de ídolos.
Segundo análise da Sports Value, o futebol global gera mais de US$ 330 bilhões. Muito dinheiro em vendas no varejo, ações promocionais, patrocínios, neste conceito de entretenimento. Muito disso impulsionado por grandes ídolos, a conexão dos fãs com o esporte.
Desde a Grécia Antiga, os ídolos são reverenciados como heróis. Nos dias de hoje, de forte globalização e com as pessoas 100% conectadas, isso se torna milhões de dólares em oportunidades comerciais.
Nos mercados emergentes da América Latina, os exportadores tradicionais de jogadores precisam mudar o mindset e começar a manter seus ídolos.
Para isso, é necessário maximizar e planejar o ROI para que os ídolos produzam impacto em toda a cadeia produtiva do futebol.