A Sports Value vem analisando atentamente o complexo ambiente de negócios do mundo atual/futuro e identificou inúmeras tendências para o mercado esportivo brasileiro.
As novas tecnologias, a maior exigência do consumidor, a necessidade de projetos criativos e inovadores vão exigir cada vez mais dos executivos da Industria Esporte no Brasil.
Essas são as principais tendências para a Indústria Esporte no Brasil, segundo a Sports Value:
- Streaming
O esporte brasileiro está vivendo essa nova realidade. Há uma clara migração das transmissões para novos formatos. As emissoras que até bem pouco tempo somente ofereciam os jogos em estruturas tradicionais perceberam que o caminho é o streaming.
Somado a isso há hoje cada vez mais interesse de gigantes como Facebook, Twiiter e Youtube nesses conteúdos, o que vai inflacionar os direitos OTT nos próximos anos.
O OTT também é uma opção real e com baixo custo de transmissão para modalidades e atletas com pouco espaço na mídia tradicional.
- Patrocinadores
O mercado de patrocínios movimenta mais de US$ 66 bilhões por ano, mais de US$ 50 bilhões em esporte. No Brasil infelizmente os patrocinadores são tímidos, não apenas no investimento nas cotas de patrocínio, mas também na criatividade de suas estratégias de marketing.
A principal tendência para os patrocinadores é conseguir realizar projetos que realmente impactem a vida das pessoas. As ações integradas aos patrocínios precisam agregar valores realmente positivos, que exerçam fascinação junto ao consumidor.
Outro aspecto importante é a utilização das plataformas tecnológicas e redes sociais para alavancar ainda mais o impacto para a marca patrocinadora, não apenas localmente, mas também em termos globais.
- Clubes e times
Os clubes e times no mundo vem conseguindo ampliar substancialmente as receitas e seu impacto midiático.
No Brasil infelizmente as marcas dos times e seus projetos de marketing são fracos, inconsistentes e com baixa criatividade.
A principal tendência é uma mudança real na forma com os clubes trabalham seu torcedor, oferecendo reais experiências de consumo e entretenimento e que essas experiências sejam diferenciadas e com alto impacto nas redes sociais.
Com relação aos patrocinadores, precisam mudar radicalmente a forma como enxergam as marcas parceiras. O foco é menos marcas em uniformes e backdrops e mais projetos de marketing e comunicação que alavanquem os negócios de ambos.
- Maximização dos estádios
O Brasil recebeu investimentos em estádios de mais de R$ 9 bilhões e em termos claros pouco foi feito para que a experiência do torcedor fosse alterada. Investimos no hardware, mas nos esquecemos do software.
O mundo do esporte aproveita e capitaliza ao máximo a ida do torcedor aos jogos. A experiência do fã de esporte é inclusive benchmark para outras indústrias.
O esporte brasileiro precisa mudar radicalmente a experiência do jogo, oferecendo reais possiblidades do torcedor se divertir em estádios, arenas e ginásios.
Especialmente por meio das tecnologias, interligando promoções, ações de marketing e ofertas de produtos e serviços para quem está assistindo o jogo in loco.
- E-sports
Nenhuma outra modalidade cresceu tanto no mundo e no Brasil. Atualmente o e-sports movimenta US$ 1 bilhão por ano, valor que era de US$ 325 milhões em 2015. Até 2020 a expectativa da indústria é atingir US$ 1,5 bilhão.
Os valores estão concentrados no jogador amador. No futuro próximo haverá uma nova dimensão profissional, com grandes patrocínios, e ações de marketing diferenciadas.
Este ainda é um mercado barato para que as marcas se estabeleçam, no futuro será muito mais caro ingressar.
- Internet das coisas
A realidade do mercado digital está oferecendo ao consumidor interagir de forma cada vez mais diferenciada com a tecnologia.
O conceito de Internet das Coisas da sigla em inglês ( IoT- Internet of Things) tem como papel fazer por meio de sensores, que a tecnologia avance sobre a vida cotidiana das pessoas.
No esporte este conceito ainda é pouco explorado e seguramente é uma tendência para os próximos anos, na interação com o fã, e sua paixão pelo esporte, saúde e bem estar ou seu time de coração.
- Mulheres no esporte
Sem sombra de dúvida o ano de 2019 deve ser muito orientado para a mulher e o esporte no Brasil. Infelizmente existe um abismo entre o que as mulheres representam na sociedade brasileira e o esporte.
Cada vez mais mulheres se interessem por esporte, bem-estar, saúde e amor clubístico. As marcas tanto dos patrocinadores como de times ainda não trabalham corretamente o universo feminino e o esporte.
Em 2019, os clubes brasileiros terão que investir no futebol feminino. Uma grande oportunidade para que marcas possam contribuir com o desenvolvimento das mulheres no esporte brasileiro. E um desafio para os times na valorização do seu time feminino.
- Prática esportiva da população
O Brasil vive uma epidemia de sedentarismo e obesidade. Nada menos que 30% das crianças estão acima do peso. Especialmente entre a população de baixa renda, o esporte, por questões econômicas ainda é uma dificuldade.
O estilo de vida do brasileiro infelizmente está adoecendo adultos e crianças. É cada vez mais comum relatos de pediatras sobre o aumento astronômico de doenças como hipertensão, diabetes e colesterol elevado em crianças.
Já que o setor público é incapaz de contribuir com a melhora da saúde da população, somente as marcas patrocinadoras, clubes, ONG´s podem mudar isso, com projetos focados na prática esportiva de milhões de brasileiros, hoje sedentários.